Muitas vezes compramos muito mais do que precisamos e quando vamos ver, a validade de determinados produtos já venceu. Mas, será que realmente todos os produtos seguem à risca a validade indicada na embalagem do produto? É seguro consumir após a data de validade? Confira uma lista criadas por especialistas, segundo o Portal ACTIVA:
Iogurtes
Podem ser consumidos um ou dois dias depois do prazo sem problema, apesar de começarem a perder características nutricionais. Em qualquer destes casos, considere alterações de cheiro e sabor como alertas vermelhos, já que podem indiciar multiplicação de microorganismos potencialmente perigosos como staphilococus ou mesmo salmonelas.
Leite
O UHT pode eventualmente ser consumido até alguns dias depois do prazo. Já no leite do dia a margem é menor e não convém ultrapassar o prazo indicado. "Isto acontece porque o primeiro é sujeito a uma temperatura muito elevada num período de tempo muito curto, o que elimina praticamente todas as potenciais bactérias. No segundo, a esterilização é feita a uma temperatura menor e num tempo mais alargado, o que apesar de contribuir para o leite manter as características em termos de sabor, o torna mais sujeito a contaminação.
Queijos
Com o tempo costuma aparecer bolor que pode conter toxinas nocivas. Um ponto pequeno poderá ser retirado sem prejuízo, mas há sempre algum grau de perigo já que o bolor (à excepção dos queijos onde é suposto tal acontecer) indicia sempre uma quebra da barreira biológica do alimento, o que permite a entrada de toxinas que podem estar presentes mesmo de forma não visível.
Sobremesas do tipo pudin flan, mousse de chocolate ou leite-creme
Não convém deixar passar o prazo já que são produtos processados e com muitos nutrientes, nomeadamente ovos, pelo que o risco de contaminação com staphilococus e salmonelas é grande.
Não convém deixar passar o prazo já que são produtos processados e com muitos nutrientes, nomeadamente ovos, pelo que o risco de contaminação com staphilococus e salmonelas é grande.
Alimentos congelados
Em geral podem ser conservados quase um ano a um ano e meio sem problemas, desde que sejam mantidos a menos de 18ºC, já que o frio impede o desenvolvimento de microorganismos. Em regra, quanto menos processado for o alimento mais tempo irá conservar-se sem alterações. Refeições prontas e gelados, por exemplo, têm mais elementos na composição o que os torna menos estáveis mas não perigosos. As gorduras poderão alterar-se e desenvolver-se algum sabor a ranço. Os alimentos congelados à saída da fábrica, sofrem uma congelação muito rápida que mantém os nutrientes intactos, e serão mais seguros do que os congelados em casa. Mas em qualquer caso, o elemento determinante é sempre a manutenção da cadeia de frio. Uma quebra nesta cadeia (seja no transporte para o super mercado ou para sua casa) diminui a margem de conservação. Sinais disto mesmo são a formação de cristais de gelo no interior ou a presença de humidade na embalagem de cartão. Neste caso, não deverá deixar passar o prazo.
Molhos
Antes de abertos conservam-se bastante bem algumas semanas para além do prazo indicado, mas depois convém ter mais precaução.
Maionese
É um produto muito sensível e a sua conservação vai depender do cuidado que se tiver na manipulação. É fácil haver contaminação com staphilococus ou salmonelas. Basta um descuido com a colher que se usa para retirá-la do frasco, por exemplo.
Ketchup
É mais ácido e por isso mais resistente. Pode durar um mês conservado na geladeira, assim como a mostarda.
Molhos de tomate para cozinhar
São bastante sensíveis e podem criar fungos e bolores que produzem toxinas prejudiciais mesmo dentro do prazo. Mesmo que retire o bolor visível, é provável que haja mais microorganismos presentes pelo que não deve consumi-los de todo neste caso".
Carne fresca
Pode deixar passar um ou dois dias se mantiver a cadeia de frio intacta e não houver sinais de alteração. No caso da carne picada não dê margem alguma. É que ao picar-se quebra-se a sua barreira biológica, o que facilita o desenvolvimento de bactérias e permite a proliferação de microorganismos.
Farinha
Pode durar anos sem que se estrague. Poderá eventualmente haver alteração da propriedade das leveduras, o que faz com que se torne menos eficaz a levedar um bolo ou a fazer pão.
Leite em pó
Também dura bastante tempo desde que não apanhe umidade e esteja numa embalagem fechada.
Bolachas
Poderão ficar moles com o tempo, um sinal de migração de oxigênio para dentro da embalagem, mas em geral duram bastante tempo, especialmente se as embalagens não forem abertas.
Café e chá
Duram anos, sobretudo se estiverem hermeticamente fechados. Como são confeccionados com água a ferver o perigo de contaminação também é menor. Se cheirarem a mofo, contudo, é preferível jogar fora.
Chocolate de culinária
Pode durar indefinidamente, mesmo que perca algumas propriedades (costuma embranquecer) não apresentará perigo para a saúde.
Enlatados
Duram anos, devendo apenas estar atenta a sinais de empolamento ou outros danos nas latas. Neste caso, não facilite.
Azeite
Aconselha-se o consumo no espaço de um ano, mas tudo depende da forma de acondicionamento. Deve sempre ser guardado no escuro já que a luz altera as suas propriedades. Se estiver exposto à luz no espaço de venda ou em casa poderá sofrer alterações. Cheiro a ranço é sempre um indicador disto mesmo.
Vinagre
Também dura bastante tempo e mesmo que perca qualidades não apresentará perigo para a saúde.
Sumos e refrigerantes
Sumos de fruta em garrafas de vidro não devem ser expostos pois a luz solar degrada rapidamente a vitamina C que contêm. Esta é um dos elementos conservantes pelo que a sua degradação pode comprometer a conservação no tempo recomendado. Já os refrigerantes duram mais tempo ainda que possam perder propriedades comerciais.
Uma questão de prazo
A menção do prazo de validade na embalagem é obrigatória. Apenas os produtos hortícolas frescos sem processamento estão dispensados desta obrigação, tendo no entanto de exibir a data em que foram embalados. Obviamente, o principal objetivo é garantir a segurança do consumo, mas não só. O prazo também garante características comerciais como o sabor, cor ou textura, que o fabricante assegura que se manterão estáveis durante o período indicado. Depois da data indicada no rótulo, o alimento não está forçosamente estragado mas pode não corresponder aos parâmetros de qualidade da altura da compra.
Claro que consumir alimentos fora do prazo de validade deve ser a exceção e não a regra, mas nem sempre o lixo terá de ser o destino final de um produto que pode estar em perfeitas condições, apesar de expirado. Em todo o caso, para consumí-lo em segurança há fatos que você pode saber:
- Por regra, quanto mais reduzido é um prazo e mais específica a sua data de validade, menos margem haverá para o consumir depois.
- Em geral, quanto mais água e gordura tiver na sua composição, mais rapidamente um alimento se irá deteriorar e menos flexibilidade haverá no seu consumo para além do prazo.
- Mesmo dentro do prazo, um alimento pode deteriorar-se rapidamente se for sujeito a uma manipulação ou conservação deficientes (calor ou contaminação).
- Qualquer embalagem que esteja empolada deve ser rejeitada já que este ‘inchaço' é um provável indício da existência de dióxido de carbono no interior, uma reação que se dá quando há proliferação de microorganismos.
Via UtilDicas
Institucional
Amanhã é dia do Biólogo. Se você conhece algum, mande um bolinho em homenagem a ele. Encomende já http://ow.ly/oqkIe
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